tag:blogger.com,1999:blog-64668923863783846492024-03-19T12:13:15.171-07:00Odju Bibo Pe LigeiroCatarina dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/13789744051370816468noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-6466892386378384649.post-86966085362901323602010-01-09T18:27:00.000-08:002010-01-09T21:38:22.410-08:00A sardinha que nunca se enlatou - M15 Bus NYCNova Iorque, 9 de Janeiro de 2010<br /><br /> A viver vários mundos ao mesmo tempo, na instância da mudança, é tão simples caír na dor de cabeça, como quem resvala no gelo desta cidade de casacos escuros e pesados, latinos a embrulharem-se até parecerem rebuçados e afros envoltos em ligaduras coloridas. Meus caracóis ficam lisos perante a secura deste Inverno, valha-me a lembrança das chuvas de Lisboa, amenas e ferteis... Portugal não se acinzenta (pelo menos por fora) quando chega o Inverno. Há verde, azul, laranja, cores vivas no meio do frio. Aqui, a natureza veste-se de branco e castanho, e as cores que vibram são feitas de publicidade. Pública cidade... Cidade pluricidade...<br /><br /> O meu medo é sempre que aqui os meus olhos ganhem um brilho basso, meu cabelo murche de vez, e a minha voz fique contaminada com os whatevers e so whats do costume. É por isso que assim que me vejo a pensar em tudo e a não abraçar nada que me vem ao olhar de água o Tejo ao fim da tarde desde uma praia fluvial que não tem os olhares dos lisboetas cativos. E viva a sardinha que nunca se enlatou...Catarina dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/13789744051370816468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6466892386378384649.post-80482342295177820422008-09-28T20:16:00.000-07:002008-09-28T20:17:20.548-07:00MornaAs mesmas casas... as mesmas ruas...o mesmo largo...Só os rostos dos homens é que não são os mesmose, ébrios, os braços pendem, os homens tombam...Som de violino escapando-se da casa térrea.Cheiro a petróleo e a fumo.Quêrèna treme os dedos sobre as cordas,olhos vidrados, berra por mais gróg!Titina sente-se frágil sob os braços de Armando.A Morna traz ao corpo a lassidão e o sonho,como a lua pondo sombras em coisas impossíveis...António NunesPoemas de longeCatarina dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/13789744051370816468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6466892386378384649.post-46974761367046441392008-09-28T20:06:00.000-07:002008-09-28T20:10:41.731-07:00Receita do português<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2BfF0vLwg03QonctNcRHgukcJxaSVSUzSwruFykC5l1ykR9FnFuNsk-uoHtlNAWlJPJ1hslcq8N7a_j4xK7PdWD-c4RH53yQCHZOBInLOAm34cAFOIhlp0pDM_SldohShKxovNV7y4INr/s1600-h/brazil+118.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5251275224184270306" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2BfF0vLwg03QonctNcRHgukcJxaSVSUzSwruFykC5l1ykR9FnFuNsk-uoHtlNAWlJPJ1hslcq8N7a_j4xK7PdWD-c4RH53yQCHZOBInLOAm34cAFOIhlp0pDM_SldohShKxovNV7y4INr/s320/brazil+118.jpg" border="0" /></a> Coloque uma vasilha dentro d’água. A massa só alcançará o ponto exato se os ingredientes forem misturados em recipiente mergulhado na água salgada. Senão, a receita desanda.<br /><div></div><br /><div>Ingredientes:</div><br /><div>- Homens pré-históricos do vale do Tejo e do Sado.</div><br /><div>-Um punhado de povos indigenas, principalmente Lusitanos. Se possível, da tribo liderada por Viriato.</div><br /><div>- Celtas – apenas para polvilhar.</div><br /><div>- Romanos.</div><br /><div>- Bárbaros: Alanos caucasianos, Vândalos germânicos e escandinavos, Suevos e Visogodos germânicos - estes últimos dissolvidos na civilização romana.</div><br /><div>- Mouros: tribos islamizadas do Marrocos e da Mauritânia.</div><br /><div>- Uma pitada de árabes.</div><br /><div>- Judeus sefarditas (ibéricos) – coloque um punhado entre um ingrediente e outro. Reserve a porção maior para o final da receita.</div><br /><div>- Cristãos a gosto.</div><br /><div></div><br /><div>Modo de fazer:</div><br /><div>Coloque na vasilha os pré-históricos. Dê preferência aos que apresentarem características físicas do português contemporâneo: estatura mediana e dolicocéfalos. A arqueologia prova que os pré-históricos ibéricos já se assemelhavam aos gajos pós-modernos – ora, pois.Tampe a vasilha com um pano úmido. Espere-os fermentar até se transformarem em tribos pacíficas e receptivas à ondas migratórias oriundas de vários pontos europeus. Não se preocupe se alguns, sorrateiramente, fugirem pela borda da vasilha.O ancestral do português já cultivava vocação viajeira, muitos chegaram à Inglaterra e à Normandia. Apenas oriente os neofujões para não tomarem o rumo de Brasília. Nunca se sabe o que lhes pode acontecer.Polvilhe um pouco de Celtas. Além do charme, você vai introduzir o domínio da metalurgia e a vocação para o esoterismo. Afinal, quem não gosta de druídas? Além de estarem em moda, eles acrescentarão o toque exótico ao paladar do prato.Lentamente, despeje os romanos. Atenção: vai sair pancadaria. Maneje com calma a colher de pau para driblar Viriato e outros caudilhos que não apreciarão o novo ingrediente. Cuidadosamente, misture os revoltosos, os romanos e as tribos que se lixaram para a invasão romana. No final, dará certo. É questão de paciência.Bata levemente durante 500 anos. A massa crescerá e revelará um povo urbano, meio escravo/meio livre, que falava latim vulgar e sofisticou o comércio e a agricultura. Enfim, quase um luxo.Introduza os Bárbaros. Primeiro os Alanos, Vândalos e Suevos. Capriche nos Suevos pois eles chegam para marcar presença: adoram trabalhar com enxadas e logo escolherão terras para cultivar. Por favor, convença-os a abandonar os instrumentos agrícolas às margens da vasilha. Alguém pode quebrar o dente quando o português for servido.Descanse a colher de pau. Os romanos embolaram tanto o meio de campo que a turma abriu os braços para os novos conquistadores. Deixe a natureza agir. Você verá que, infiltrados na massa, estes bárbaros inaugurarão a era dos portugueses de olhos claros – um charme.Adicione os Visigodos romanizados – ou Federados, como os romanos chamavam os povos conquistados que, de rabo entre as pernas, lutavam para defendê-los. Espertamente, o Império de Roma utilizava a estratégia de lançar bárbaros contra bárbaros. Mais ou menos como os norte-americanos de hoje, que engrossam seu exército com negros e latinos da periferia – alguém ainda duvida que a História se repete?Misture cuidadosamente. Este momento é delicado: o sucesso do português dependerá, exclusivamente, de sua competência culinária. O gosto dos Visigodos deve sobrepôr-se ao dos Vândalos e dos Alanos. Apenas suavemente os bárbaros vencidos perfumam o prato - quase uma especiaria, o toque de classe.Quando Vândalos e Alanos se dissolverem, bata vigorosamente pois Visigodos e Suevos tenderão a encaroçar por 150 anos. Mantenha-se atento à receita. Não pare de bater nem mesmo quando os Visigodos argumentarem serem os inventores do status quo da sociedade medieval portuguesa: clero, nobreza e povo – grande novidade. Faça-se de surdo e, até o último Visigodo desmanchar, capriche em revolver a massa. Afinal, Visigodos são guerreiros: podem armar uma falseta e solar o português.Espere inúteis três séculos – Visigodo é um chuchu histórico, só faz volume, não larga gosto - e jogue os árabes e mouros. A massa ficará mais encorpada, adquirirá novos contornos, novas falas, novas técnicas, uma nova arquitetura. O sociólogo brasileiro Gilberto Freyre, autor de Casa Grande & Senzala, assinala que é neste momento que surge o português típico, além de um original subgrupo característico do Norte, emblemático da milenar cruza de raças: homens morenos, cabelos castanhos, escuros olhos mouros, com barba e bigode louros ou ruivos.O Brasil que - no final do século XIX, início do XX - recebeu maciça imigração de lusitanos do Norte, tem incontáveis homens morenos de barba clara. A maioria não sabe, mas eles são os representantes tropicais da malemolência lusa, useira e vezeira em misturar o próprio sangue ao sangue dos visitantes - eta povo hospitaleiro, este que nos descobriu.Amasse, delicadamente, os islâmicos e os judeus sefarditas que, aos punhados, você veio introduzindo entre um e outro ingrediente. Deixe descansar, eles se aglutinarão naturalmente. Naquele tempo, estes dois povos, amigos, interagiam sem culpas.Nesta altura, o português estará quase pronto. Agora, basta levar ao forno bem quente – eles são passionais, não assam em banho-maria.Com o açúcar, faça uma calda em ponto de bala. Adicione cristãos a gosto, de todos os matizes e origens. Está pronto o português.Desenforme e sirva-os ao Novo Mundo.</div><br /><div></div><br /><div>Angela Dutra de Menezes</div><br /><div></div><br /><div>In "O Português Que Nos Pariu"</div>Catarina dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/13789744051370816468noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6466892386378384649.post-37756560217759207112008-09-17T20:18:00.000-07:002008-09-17T20:21:47.222-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnkCsKbKBfC7dluaGrmsU4z_PmwWcnjr6TfBMb-iYnE9v6d4t7ql-yP2lS4IpmEfprTDfiT7BWOxcnSpvj4Bp_T_kHI10cjDO2pBnJJ1KZyIhcX6pAurjNnEB5Ww4te0Qmd445l94kElhV/s1600-h/314214511405_0_BG.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnkCsKbKBfC7dluaGrmsU4z_PmwWcnjr6TfBMb-iYnE9v6d4t7ql-yP2lS4IpmEfprTDfiT7BWOxcnSpvj4Bp_T_kHI10cjDO2pBnJJ1KZyIhcX6pAurjNnEB5Ww4te0Qmd445l94kElhV/s320/314214511405_0_BG.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5247196226392024098" border="0" /></a>Catarina dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/13789744051370816468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6466892386378384649.post-1040061630053186202008-09-10T17:13:00.000-07:002008-09-10T17:17:49.975-07:00Olinda, Fevereiro de 2007<a href="http://2.bp.blogspot.com/_BhuPC9JKCGo/SMhjmoalNgI/AAAAAAAAABA/TanwIwnmxss/s1600-h/7CAFTE0T9CAW9C9A9CAL78A7VCALRJJWXCAV0ON7TCADFDOVWCA0TXJG6CAN6IYUACA6F8924CAYYBFMHCAR7YPYFCAPV80IFCAMUSJL4CAFAXX6QCAKC1YDACAA1WQI9CA321NH2CA1KEINW.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5244551281408030210" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_BhuPC9JKCGo/SMhjmoalNgI/AAAAAAAAABA/TanwIwnmxss/s320/7CAFTE0T9CAW9C9A9CAL78A7VCALRJJWXCAV0ON7TCADFDOVWCA0TXJG6CAN6IYUACA6F8924CAYYBFMHCAR7YPYFCAPV80IFCAMUSJL4CAFAXX6QCAKC1YDACAA1WQI9CA321NH2CA1KEINW.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div> </div><div>Eu vou prá Olinda, cidade bela, ver o farol dela que alumeia mar...</div><br /><div><br /> </div><div> </div><div> A casa era impressionante... Seu Zé Maria,um velhote que nasceu exactamente ali, naquele pedaço de praia, casado com uma filha de portugueses, acolheu-me com carinho, e com as suas ironias e jeitos engraçados. Ele contou-me histórias de botos, os golfinhos sagrados do Amazonas, dos quais as indias tinham receio pois dizia-se que durante a noite se transformavam em belos jovens indios para as amar na beira do rio. Disse que os botos de vez em quando dão à praia, e morrem ali mesmo. Ainda no outro dia deu um à praia, e ninguém dos amigos de Zé Maria, que têm um boteco na praia, não o chamaram para ver. Disse isto com indignação - ele tem direito de saber, o mar viu ele nascer ali mesmo. Também dizia que ficava a namorar com a lua sempre que ela lhe aparecia de cara cheia, e que ela sabia que ele estava ali a namorá-la. A sua mulher, Dona Maria, parecia-me estar muito em paz com as infidelidades lunares do Seu Zé.</div>Catarina dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/13789744051370816468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6466892386378384649.post-80945444799933755972008-09-06T16:14:00.000-07:002008-09-06T16:18:09.903-07:00LUA NHA TESTEMUNHA<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkUjVPPDx4ct5jDDP69s2hYLWZq22kcQyr_LLib-P7-bDbqGKMwQ8xJHVsbaOnpnq1c-ZJJ8aSGVxSX6d69Hcc6314hTVLJBElSeGyNnfeflkyjNwhyh2FS65ZnVT5Qg37LeZQANGjJNHT/s1600-h/Luna.bmp"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkUjVPPDx4ct5jDDP69s2hYLWZq22kcQyr_LLib-P7-bDbqGKMwQ8xJHVsbaOnpnq1c-ZJJ8aSGVxSX6d69Hcc6314hTVLJBElSeGyNnfeflkyjNwhyh2FS65ZnVT5Qg37LeZQANGjJNHT/s320/Luna.bmp" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5243051575095710898" border="0" /></a><br /><br /><br /> Bô cat ta pensâ nha cretcheu<br /> Nem bô ca t'imagina, o q'longe de bô 'm tem sofrido<br /> Pergunta lua na céu<br /> Lua nha companhera de solidão<br /> Lua vagabunda de espaço<br /> Que ta conchê tud' nha vida, nha desventura<br /> El ê q'ta contá-bo nha cretcheu<br /> Tudo q'um tem sofrido<br /> Na ausência e na distância.<br /><br /><br />Mundo, bô tem rolado co mim,<br /> Num jogo de cabra-cega<br /> Sempre ta persegui-me<br /> Pa cada volta que mundo da<br /> El ta trazê-me um dor<br /> Pá-me tchiga más pa Deus.Catarina dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/13789744051370816468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6466892386378384649.post-20898669607322701522008-09-06T16:08:00.000-07:002008-09-06T16:13:21.363-07:00Para Xangô<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-XPB1WRW1CalW8q7ms1XANQp6pxgeLmyEzXBJdhwv1yjWesZ10F3M0JkzGgrISWtzt8qb3TcH7ATqc5nBDsYyC6vc6NUyoGXlZE0bFWpJnWafulrR9vrLCqA8QPHeTtD3ss5midW5N1KR/s1600-h/pic022607_28.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-XPB1WRW1CalW8q7ms1XANQp6pxgeLmyEzXBJdhwv1yjWesZ10F3M0JkzGgrISWtzt8qb3TcH7ATqc5nBDsYyC6vc6NUyoGXlZE0bFWpJnWafulrR9vrLCqA8QPHeTtD3ss5midW5N1KR/s320/pic022607_28.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5243050238077685154" border="0" /></a><br /><br /><br /> <br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Tengo en mi garganta<br /> El machete de Xangô<br /> Lastimandome las falsas esperanzas<br /><br /> Soy hecha polvo<br /> Por la ira de sus rayos<br /> En el momento de cobranza.<br /><br /> Su mirada de justicia<br /> Me llevantó del piso<br /> Y en mil atomos fragmentada<br /><br /> Me enfeitó de estrellas<br /> Para el cambio en mi vida.Catarina dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/13789744051370816468noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6466892386378384649.post-90025954778957492272008-09-04T21:21:00.000-07:002008-09-04T21:24:31.840-07:00<span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>SIMPLIFICAR ... </strong></span><br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"></span></strong><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>FILOSOFIA </strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong></strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>DO BOTECO</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>DA TABERNA</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>DO CAFÉ DE ALFAMA</strong></span><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>DA MERCEARIA PORTORIQUENHA</strong></span>Catarina dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/13789744051370816468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6466892386378384649.post-10720902001800147022008-09-04T21:14:00.000-07:002008-09-04T21:20:40.223-07:00A Julia de BurgosYa las gentes murmuran que yo soy tu enemiga<br />porque dicen que en verso doy al mundo mi yo.<br />Mienten, Julia de Burgos. Mienten, Julia de burgos.<br />La que se alza en mis versos no es tu voz: es mi voz<br />porque tú eres ropaje y la esencia soy yo;<br />y el más profundo abismo se tiende entre las dos.<br /><br />Tú eres fria muñeca de mentira social,<br />y yo, viril destello de la humana verdad.<br />Tú, miel de cortesana hipocresías; yo no;<br />que en todos mis poemas desnudo el corazón.<br />Tú eres como tu mundo, egoísta;<br />yo no; que en todo me lo juego a ser lo que soy yo.<br />Tú eres sólo la grave señora señorona; yo no,<br />yo soy la vida, la fuerza,la mujer.<br /><br />Tú eres de tu marido, de tu amo; yo no;<br />yo de nadie, o de todos, porque a todos, a<br />todos en mi limpio sentir y en mi pensar me doy.<br />Tú te rizas el pelo y te pintas; yo no;<br />a mí me riza el viento, a mí me pinta el sol.<br />Tú eres dama casera, resignada, sumisa,<br />atada a los prejuicios de los hombres; yo no;<br />que yo soy Rocinante corriendo desbocado<br />olfateando horizontes de justicia de Dios.<br /><br />Tú en ti misma no mandas;a ti todos te mandan;<br />en ti mandan tu esposo, tus padres, tus parientes,<br />el cura, el modista,el teatro, el casino, el auto,<br />las alhajas, el banquete, el champán, el cieloy el infierno,<br />y el que dirán social.<br />En mí no, que en mí manda mi solo corazón,<br />mi solo pensamiento; quien manda en mí soy yo.<br /><br />Tú, flor de aristocracia; y yo, la flor del pueblo.<br />Tú en ti lo tienes todo y a todos se lo debes,<br />mientras que yo, mi nada a nadie se la debo.<br />Tú, clavada al estático dividendo ancestral,<br />y yo, un uno en la cifra del divisor social<br />somos el duelo a muerte que se acerca fatal.<br /><br />Cuando las multitudes corran alborotadas<br />dejando atrás cenizas de injusticias quemadas,<br />y cuando con la tea de las siete virtudes,<br />tras los siete pecados, corran las multitudes,<br />contra ti, y contra todo lo injusto y lo inhumano,<br />yo iré en medio de ellas con la tea en la mano.<br /><br />Julia de BurgosCatarina dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/13789744051370816468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6466892386378384649.post-30851663608390572862008-09-04T21:07:00.000-07:002008-09-04T21:09:25.664-07:00Maracatu Nação Estrela Brilhante, Carnaval de 2007... A Catarina a rodar..<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdorL0wwQY0tyY9wlGdtogOlvQQuzfOG-Ky6FZiCzVW0LZS8_bov984vjLcmFLXPAPGFBnvEeCSBwgMOOZuuOEBOTS4le_CpWdSHjjJz9FUW64rtZt4RlhJnEY6UhXSvi3SVbiUr-tMPiy/s1600-h/Galeria+e+Estrela+215.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5242384320745502434" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdorL0wwQY0tyY9wlGdtogOlvQQuzfOG-Ky6FZiCzVW0LZS8_bov984vjLcmFLXPAPGFBnvEeCSBwgMOOZuuOEBOTS4le_CpWdSHjjJz9FUW64rtZt4RlhJnEY6UhXSvi3SVbiUr-tMPiy/s320/Galeria+e+Estrela+215.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Catarina dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/13789744051370816468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6466892386378384649.post-31191723044377959022008-09-04T21:02:00.000-07:002008-09-04T21:04:28.131-07:00E onde fica a Avenida Paulista?São Paulo é um mistério. Sou a vontade de silêncio e calma no trespasse citadino... de uma metrópole para outra. simples, e simultaneamente um enredo sem samba.<br /> Estou a goiabada e grogue. Hoje. A garrafa desse líquido santo, trapichado em verdes suaves e calor de céu de boca, e o doce da goiaba a satisfazer os sentidos. E o coração viaja longe. Será possível? Claro que sim, toda a gente diz, na sua boca colectiva de ônibus lotado: o tempo o dirá. Dá tempo ao tempo. Não é mais uma morna que me vai curar, não posso partilha-la, aqui é mais samba rock, meu irmão. <br /><br /> E cá vou eu, na Avenida Paulista a dançar por entre os carros e os motoboys.Catarina dos Santoshttp://www.blogger.com/profile/13789744051370816468noreply@blogger.com1